Uma noite tumultuada marcou os atletas do Talleres após a partida contra o São Paulo, válida pela Copa Libertadores. O volante Portilla e o goleiro reserva Morales foram detidos pela Polícia Militar por desacato aos agentes de segurança que atuavam no jogo.
Na madrugada desta quinta-feira, os jogadores passaram por audiência no Juizado Especial Cível e Criminal do Morumbi. Ambos concordaram em pagar uma multa de R$ 10 mil cada, sendo então liberados.
Segundo o delegado Cesar Saad, “no intervalo houve confusão por uma possível marcação de pênalti para o Talleres. Os atletas reclamaram com a arbitragem, e a PM fez a proteção dos árbitros. O goleiro alegou ter sido atingido por um escudo policial”.
Saad esclareceu que “no final do jogo, o goleiro reserva xingou os policiais que faziam a escolta da arbitragem. Outro atleta também proferiu ofensas. Eles foram detidos no vestiário e encaminhados para audiência”.
Tensão desde o primeiro tempo
A irritação dos argentinos com o árbitro colombiano Jhon Ospina começou quando ele não marcou um pênalti de Luciano em Ramón Sosa, lance que, segundo o comentarista Paulo César de Oliveira, deveria ter sido assinalado.
O clima acirrado permaneceu até o túnel dos vestiários, com membros das comissões técnicas dos dois times envolvidos em um acalorado bate-boca.
O São Paulo abriu o placar no primeiro tempo com um gol de pênalti de Lucas, que teve a cobrança refeita após antecipação do goleiro Guido Herrera. Na etapa final, Luciano marcou e definiu a vitória tricolor por 2 a 0 no Morumbi.