Depois de um tempo longe das imprensa, o lutador Jon Jones quebrou o silêncio. Em entrevista ao site MMA Fighting o americano criticou a forma como o UFC conduziu o caso de doping do brasileiro Vitor Belfort durante o UFC 152, por conta de altos níveis de testosterona, e falou sobre a sua relação com as drogas.
Ex-campeão dos meio-pesados do UFC, Jones foi flagrado durante um teste antidoping surpresa no qual foi apontado o uso de cocaína. Durante o período em que esteve suspenso ele ainda se envolveu em um acidente no qual maconha foi encontrada em seu carro. Ele garante que deixou de usar as substâncias.
"Não bebo mais, não fumo mais maconha. Isso há três, quatro meses. Não tem sido difícil. Honestamente, estou empolgado por me ver livre disso. Me levou um pouco de tempo para perceber que eu lidava com um problema. Fui capaz de cuidar da minha família, vencer lutas e esconder isso do mundo inteiro", disse Jones.
"Estava fumando maconha, bebendo três, quatro vezes por semana… Estava lidando bem com a minha vida, então não achei que tivesse um problema. Agora que estou consciente, sei que tinha um problema. Fico chateado quando penso na quantidade de horas que estive sob o efeito, em quanto dólares gastei com isso. Agora estou livre. Tudo tem sido uma benção. É difícil entender, mas minha vida mudou muito para melhor após a situação", explicou ex-campeão do UFC.
Encontrada no corpo do lutador durante o teste surpresa, Jones garante que fez uso de cocaína apenas uma vez. Já sobre maconha, ele revela que fazia uso frequente.
"A coisa com a cocaína é louca. Não gosto de cocaína, não sou um cara que usa isso. Fumava maconha, quase frequentemente. E pessoas que me conhecem sabiam disso. E eu amo beber. Eu me divirto com os melhores. Mas a cocaína… Eu experimentei uma noite, e aí a comissão atlética estava lá no dia seguinte tipo: "Como pode isso acontecer?". Agora meus críticos gostam de pintar essa imagem de usuário de cocaína, mas longe disso".
"Nunca seria capaz de conquistar e alcançar o que pude usando cocaína. Mas eu era viciado em maconha. É difícil admitir isso, mas eu era. Agora não sou, me sinto livre. Sou grato por tudo o que aconteceu porque agora consigo ver as coisas mais claras. As pessoas me diziam: "Jon, imagine o quanto você seria bom se você não bebesse e fumasse". Agora estou empolgado para descobrir isso", concluiu o lutador.