Justiça suspende votos da urna 7, e Brant passa Eurico em eleição do Vasco

A eleição do Vasco está sub judice. Nesta quinta-feira, a juíza Maria Cecília Pinto Gonçalves concedeu antecipação de tutela de ação assinada pela chapa de oposição "Sempre Vasco Livre", e determinou que os 475 votos da urna 7, que estava sob suspeita, fossem suspensos da contagem. O Vasco tem prazo de 72 horas para lavrar nova ata da eleição e publicá-la. A decisão, porém, é provisória – cabe recurso por parte de Eurico Miranda.

Sem os votos da urna 7, quem fica em primeiro lugar é a chapa "Sempre Vasco Livre", de Julio Brant, com 1.933 votos. Em segundo lugar está a "Reconstruindo o Vasco", de Eurico Miranda, com 1.683 votos.

Na decisão, a juíza determina que o presidente da Assembleia Geral do Vasco, Itamar Carvalho, dê prosseguimento ao processo eleitoral, desconsiderando os 475 votos da urna 7. Este era o pedido da tutela assinada por Julio Brant, Alexandre Campello e Faues Mussa.

Ao explicar a decisão, a juíza afirmou que o Vasco não conseguiu demonstrar o pagamento efetuado pelos sócios sob suspeita – o clube também não apresentou o caderno de votação da urna 7. Ela mostrou estranhamento com o alto número de adesões num período de crise econômica do Brasil. Por fim, considerou existir indícios de irregularidade na filiação dos sócios entre os meses de novembro e dezembro de 2015.

Em condições normais, o próximo passo do cronograma eleitoral é a convocação do Conselho Deliberativo, responsável por eleger o presidente administrativo do Vasco. Isso se dá através de 300 nomes: 150 conselheiros natos, 120 indicados pela chapa vencedora e outros 30 pela segunda colocada.

Entretanto, o presidente eleito só poderá iniciar seu mandato após a decisão final da questão da urna 7. O atual mandato de Eurico termina no dia 16 de janeiro, e, pelo estatuto, o Conselho Deliberativo pode se reunir até o dia 14 para escolher o novo presidente.