O ícone do surfe, Kelly Slater, decidiu pendurar a prancha no que diz respeito ao Circuito Mundial de Surfe (WSL), anunciando sua aposentadoria após a competição em Margaret River, na Austrália. A lenda, que detém 11 títulos mundiais, não conseguiu se posicionar entre os 22 primeiros no ranking, o que o excluiu da continuação no circuito. Slater, ao refletir sobre sua trajetória, destacou que esta temporada seria sua jornada final entre a elite do surfe, embora não descarte a possibilidade de fazer aparições especiais em futuros eventos, como o de Fiji.
Desde sua primeira vitória em 1992, Slater vem dominando as ondas e os recordes, acumulando conquistas praticamente inigualáveis na história do esporte. Seu domínio era evidente nos anos 90, quando assegurou um pentacampeonato consecutivo, estendendo seu reinado com vitórias em 2005, 2006, 2008, 2010 e 2011. Com a introdução de uma nova regra para a temporada de 2024, que limita a participação nas etapas seguintes aos 22 primeiros colocados, Slater, que estava na 33ª posição, acabou eliminado.
Em uma tentativa de despedida anterior, em 2018, Slater havia anunciado que se aposentaria do circuito no ano seguinte. Contudo, motivado pelo desejo de competir nas Olimpíadas, ele reverteu sua decisão. Apesar de suas intensas preparações, Slater não conseguiu se classificar para as Olimpíadas de Tóquio, permanecendo como reserva da equipe dos EUA. Ainda alimentava o sonho de disputar em Paris 2024, especialmente em Teahupoo, no Taiti – um local que lhe é muito familiar e onde já celebrou cinco vitórias, incluindo uma memorável final com duas notas perfeitas.
Contudo, sua eliminação na etapa de Margaret River pelo compatriota Griffin Colapinto, que está qualificado para Paris 2024, marca o final de uma era. Slater se despede do circuito não só como um dos melhores surfistas que o mundo já viu, mas também como uma inspiração permanente para atletas e entusiastas do surfe. Sua influência no esporte transcende os títulos e as competições, refletindo-se no profundo legado que deixa para as próximas gerações.