“Toda mãe que gosta de futebol precisa ter a experiência de pegar sua cria, entrar no estádio e dizer: ‘mamãe ama isso aqui e você vai amar também, se não sai de casa'”. Com essas palavras, Ariane de Araújo Souza, mais conhecida como ‘Arizinha’, expressa seu amor pelo futebol e pelo Esquadrão de Aço, o Bahia. Desde 2022, ela tem feito dos jogos na Arena Fonte Nova um encontro especial com sua filha, Dara Souza, de dois anos e meio.
Uma conexão reforçada por uma tragédia pessoal
Arizinha encontrou no estádio um refúgio após sobreviver a uma tentativa de feminicídio em 2017. “O Bahia é uma relação muito intensa para mim”, disse ela, revelando que sua conexão com a Fonte Nova se aprofundou significativamente desde então. Ela frequentou o estádio até uma semana antes de dar à luz, mostrando o quão fundamental esse espaço é em sua vida.
Amor em campo: Mães e filhos compartilham paixão pelo futebol
Enquanto Arizinha compartilha sua paixão com sua filha, Yuri Figueiredo vive uma situação similar com sua mãe, Cleyde, uma torcedora fervorosa do Vitória. Administrador da página ECVídeos, Yuri destaca o papel singular de sua mãe em sua vida e carreira: “É um privilégio… Ela não só me incentiva nas minhas atividades relacionadas ao Vitória mas também compartilhamos esses momentos juntos no estádio”, conta Yuri.
Yuri cresceu sem escolha a não ser torcer pelo Vitória, algo que Cleyde reitera com orgulho. Ela sempre fez questão de que seu filho compartilhasse sua paixão pelo time. O amor e o apoio de Cleyde foram essenciais não apenas afetivamente, mas também profissionalmente, já que Yuri aproveita cada jogo para capturar e documentar os momentos no estádio.
A Fonte Nova: Um lugar de amor e segurança
Arizinha também reflete sobre o significado especial do estádio para sua filha e para outras mulheres. Ela luta pela presença feminina no estádio e vê a Fonte Nova como um lugar de crescimento e aprendizado sobre amor e respeito para Dara.
Compartilhando seu sentimento, ela incentiva outras mães a trazerem suas crianças para os jogos: “É uma experiência fora do comum, vale muito a pena. Isso é um legado que você deixa.” A experiência de Arizinha e Dara no estádio simboliza a luta por um espaço mais acolhedor e seguro para todas.
Agradecimento e reconhecimento
Por fim, Yuri expressa sua gratidão: “Só tenho a agradecer a minha mãe por essa paixão pelo Vitória. É um privilégio tê-la presente em minha vida, frequentando o Barradão e me incentivando. Hoje é o meu trabalho, filmar e registrar no estádio.” A presença constante de sua mãe nos jogos o inspira e motiva em sua carreira.
Essas histórias destacam o impacto profundo que o futebol pode ter na formação de laços familiares, transformando simples partidas em momentos de união e alegria compartilhada.
