O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) assinaram, nesta quarta-feira, um acordo de cooperação técnica visando a segurança nos estádios de futebol em todo o Brasil. O evento ocorreu no Palácio da Justiça, em Brasília, e teve a participação de figuras proeminentes como o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, o Ministro dos Esportes, André Fufuca, e o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
Projeto Estádio Seguro: O que vem por aí?
O acordo faz parte do “Projeto Estádio Seguro”, que foca em políticas de segurança e controle de público nos estádios. O projeto permite ao governo o acesso a dados de torcedores, como CPF e foto, que compram ingressos para jogos de futebol. Estas informações serão enviadas diretamente ao MJSP e servirão para aumentar o monitoramento e cruzamento de dados dos frequentadores desses locais.
Medidas-chave anunciadas
- Ingressos agora serão vinculados a um CPF individual, incluindo os que são distribuídos gratuitamente pelos clubes.
- Registro fotográfico obrigatório para quem compra ou recebe um ingresso.
- Implementação de catracas inteligentes nos estádios que validam o CPF registrado nos ingressos.
- Ações específicas para combater racismo e homofobia durante os jogos.
- Criação de uma base nacional de torcedores impedidos de acesso aos estádios.
Projeto-piloto no Maracanã
Um projeto-piloto já está em operação no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. A tecnologia das catracas inteligentes tem a capacidade de identificar torcedores com restrições judiciais ou mandados em aberto, bloqueando automaticamente a entrada.
O futuro da segurança nos estádios
O “Estádio Seguro” tem previsão de entrar em operação ainda este ano e afetará desde a venda de ingressos até o momento da entrada nos estádios. As federações estaduais e os clubes foram convidados a aderir, mas a participação é voluntária.
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, afirmou: “A CBF está comprometida com essa iniciativa. Com racismo não tem jogo, com violência não tem jogo, com o crime não tem jogo. O torcedor irresponsável e criminoso será identificado e punido.”
O acordo representa um passo significativo no combate à violência e atos discriminatórios em eventos esportivos, e espera-se que outras federações e clubes também se juntem a esta causa.