Mário Jorge Lobo Zagallo, nome histórico no futebol mundial, morreu aos 92 anos de idade na cidade do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira. A ocorrência foi confirmada por meio de comunicado da assessoria do ex-atleta. Recordado por sua significativa influência no esporte, Zagallo ocupava uma posição ímpar no futebol, sendo o único a conquistar quatro títulos mundiais.
Internado desde dezembro em instituição hospitalar carioca, veio a óbito, segundo informações divulgadas, em virtude de falência múltipla de órgãos. Através de nota, os familiares comunicaram o falecimento, destacando as virtudes de Zagallo enquanto indivíduo, sem, contudo, enfocar as emoções pessoais. Salientou-se ainda o legado e a contribuição ao esporte do país.
Conhecido anteriormente por enfrentar uma infecção urinária em agosto de 2023 e um quadro de infecção respiratória no ano prévio, Zagallo teve sua resiliência física testada em diversas ocasiões. Sua trajetória no futebol iniciou-se no bairro da Tijuca, Rio de Janeiro, onde cresceu e se desenvolveu, passando pelas categorias de base antes de profissionalizar-se. Sua carreira como jogador foi marcada por conquistas expressivas no Flamengo e no Botafogo, bem como na Seleção Brasileira, com títulos mundiais em 1958 e 1962.
Após encerrar a carreira de jogador, iniciou sua jornada como técnico, iniciando no Botafogo. Em 1970, teve papel crucial na conquista do tricampeonato mundial pela seleção brasileira e, em 1994, integrou a equipe técnica que levou o Brasil ao tetracampeonato na Copa dos Estados Unidos. Sua última participação em Copas do Mundo, como técnico, foi em 1998, quando o Brasil obteve o vice-campeonato.
Além de sua atuação em clubes brasileiros, Zagallo também conduziu equipes no exterior e seleções de países do Oriente Médio, deixando sua marca internacionalmente. Reconhecido também por suas declarações marcantes, a de 1997, após conquista da Copa América – “Vocês vão ter que me engolir” – permanece como símbolo de sua personalidade firme e vencedora.
Zagallo, ainda em vida, chegou a ser homenageado no Museu da Seleção Brasileira, onde aprovou a representação de sua imagem em cera, indicativa de seu status icônico no futebol. A notícia de seu falecimento ressoa através do mundo do futebol, reconhecendo seu papel insubstituível na história do esporte nacional e internacional.