Tifanny Abreu passou por uma cirurgia de feminização facial, procedimento que suaviza traços do rosto para deixá-lo com aspecto mais feminino, em Málaga, na Espanha. Em 2012, a jogadora finalizou a transição de gênero em outra intervenção cirurgica realizada na Europa, conseguindo a liberação para atuar no vôlei feminino em 2017.
Em seu site, a clínica espanhola que realizou a cirurgia na brasileira diz que acumula 10 anos de experiência em confirmação facial de gênero e oferece resultados "altamente previsíveis e com parâmetros realísticos", independente do gênero do paciente.
Tifanny Pereira de Abreu foi a primeira transexual a entrar em quadra por uma partida oficial da Superliga, principal campeonato de vôlei do Brasil. Dona da melhor média de pontos da competição, a presença da jogadora foi tema de intenso debate nos últimos meses. Até uma possível convocação para a seleção brasileira foi ventilada.
Em reunião entre os clubes que disputam a Superliga, ficou decidido que Tifanny fará parte do grupo de jogadoras com pontuação máxima. O ranking foi criado para buscar um equilíbrio no maior campeonato de voleibol no Brasil, limitando a presença de duas jogadoras com pontuação máxima por equipe.
A Federação Internacional de Vôlei (FIVB) prometeu estudar mais a participação de mulheres trans em esportes de alto rendimento para implementar um sistema próprio de elegibilidade para essas atletas. A entidade, porém, não estabeleceu prazo para divulgar este novo sistema. Até que as novas regras sejam anunciadas, a FIVB segue as recomendações do COI, e Tifanny está liberada para atuar na Superliga.
Recentemente, Tifanny renovou contrato com o Sesi-Bauru para a próxima temporada.