Notícia: Morte do campeão olímpico de vôlei Pampa aos 59 anos abala o esporte

O campeão olímpico de vôlei Pampa falece aos 59 anos devido a complicações de tratamento. Leia mais sobre sua trajetória icônica.

Pampa

André Felippe Falbo Ferreira, o eterno “Pampa”, deixou um legado inesquecível no universo esportivo. Após uma batalha contra um linfoma, o lendário atleta brasileiro de vôlei perdeu a vida aos 59 anos, vítima de complicações pulmonares decorrentes da quimioterapia. Sua partida, ocorrida na sexta-feira, 7 de junho, enquanto recebia tratamento na UTI da Beneficência Portuguesa em São Paulo, abalou o mundo do esporte.

Nascido em Recife, Pampa brilhou desde cedo nas quadras. Sua estreia olímpica aconteceu nos Jogos de Seul, em 1988, onde a seleção brasileira de vôlei conquistou a quarta colocação. Quatro anos depois, em Barcelona, o monumental atleta alcançou a glória suprema ao ser consagrado campeão olímpico, um momento ápice de sua carreira repleta de triunfos.

Sua jornada esportiva o levou a vestir as camisas de renomados clubes brasileiros, como Palmeiras e Suzano, além de brilhar em equipes internacionais de destaque, como Lazio e Napoli na Itália, e Nec/Osaka no Japão. No entanto, foi defendendo as cores do Brasil que Pampa deixou seu legado mais memorável, conquistando o ouro olímpico em 1992 e a medalha de ouro na Liga Mundial de 1993.

Pampa, um nome carregado de força

O apelido “Pampa” surgiu nos primeiros anos de sua trajetória em Recife, quando a potência de suas cortadas foi comparada ao coice de um cavalo pampa, uma raça tradicional brasileira. Esse nome se tornou inseparável do atleta, representando a força e a garra que o caracterizavam.

Após pendurar as chuteiras, Pampa seguiu uma carreira na política e administração esportiva. Trabalhou no Ministério do Esporte entre 2000 e 2002, foi Secretário de Esportes de Suzano (SP) de 2007 a 2010, e ocupou o mesmo cargo em Campos (RJ) de 2013 a 2015, antes de assumir a Superintendência Estadual de Esportes de Pernambuco.

Contribuição inesquecível

Embora fosse reserva na conquista do ouro olímpico de 1992, Pampa teve participação crucial em momentos decisivos, como no terceiro set contra a Argélia na fase de grupos, onde seus três pontos seguidos de saque foram fundamentais para a vitória do Brasil.

Pampa deixa um legado eterno de determinação e paixão pelo esporte. Sua esposa, Paula Falbo, e suas duas filhas, Isabella Maria, de 4 anos, e Rafaella Ferrer, de 36 anos, lamentam profundamente sua partida. Sua contribuição ao vôlei e ao esporte brasileiro será eternamente lembrada e celebrada.