A influenciadora digital baiana Joanna Guerra, com mais de 35 mil seguidores no Instagram, celebrava na tarde da última terça-feira (17) os recentes contratos assinados e também se preparava para produzir conteúdo já pago por outras empresas que investem em publicidade nas redes sociais, quando às 20h do mesmo dia teve o perfil desativado.
A conta foi invadida e agora sofre com uma tentativa de extorsão: os criminosos dizem fazer parte de uma organização criminosa internacional e pedem 600 dólares (ou R$ 3.126,96) para não excluírem o perfil.
“O meu trabalho é importante, porque é com ele que pago as minhas contas e tiraram isso de mim. Estou arrasada”, desabou Joanna Guerra. Apesar da incerteza se terá a conta reativada, Joanna está certa de uma coisa: não vai ceder à chantagem. “Isso vai além do dinheiro. A orientação dos profissionais do meio é não fazer o jogo deles, porque não há segurança nenhuma de que eles vão devolver a conta e eles podem fazer isso de novo”, disse Joanna.
A conta invadida (@joannaguerraoficial) foi criada em 2014, para tratar de assuntos ligados à saúde mental. Ela ganhou notoriedade durante a pandemia ao realizar lives voltadas para o cuidado, a atenção e a preocupação com a saúde mental.
“Como tenho depressão, ansiedade, eu fico meio sem chão, porque dorme e acorda no outro dia está impedido de acessar o meio de sobrevivência. É como se você chegasse no seu trabalho e o seu chefe falasse você está demitido”, disse Joanna.
A vítima conta que não está sendo nada fácil lidar com toda a situação. “Então fico sempre com o coração acelerado, com sinais de ansiedade, né? Eu não tenho dormido direito pensando o tempo todo: ‘Será que vou conseguir recuperar? Será que que vai dar certo? Será que vou ter que começar do zero? Ou será que eu vou abandonar tudo isso?”, lamentou.
Ela entrou com um processo na Justiça, na tentativa de resolver o problema. Enquanto o caso não é resolvido, a baiana criou um perfil temporário, @joannaguerrareserva e uma rede formada por outros influenciadores.
