A história da capoeira e dos ritmos que embalam essa cultura africana centenária, introduzida no Brasil no século XVI, foi contada num encontro que reuniu cinco grupos e mais de 300 capoeiristas pauloafonsinos, no último domingo (3), na área externa do Centro de Cultura Lindinalva Cabral. Os grupos participantes foram: Arte Brasil, Libertação, Muzenza, Brasil das Gerais e Capoeira Brasil.
A 1ª Mostra Esportiva e Cultural de Capoeira de Paulo Afonso, realizada pelo Departamento de Esportes da Prefeitura de Paulo Afonso, foi prestigiada por um grande número de espectadores de todas as faixas de idade. Em suas performances que prenderam a atenção do público, cada grupo explanou sobre as origens das danças Maculelê, Samba de Roda, Angola, Bangela e Regional.
Não sendo um dos principais estilos de luta, a Capoeira é ainda assim uma das que mais popularidade tem atingido nos quatro cantos do mundo. Na verdade, poderá até haver quem não considere a Capoeira como uma luta, e ainda menos uma arte marcial. Essa discussão nunca terá fim, mas a bem do consenso, podemos dizer sem qualquer dúvida que a Capoeira é, sobretudo, uma arte.
As suas origens são também fruto de debate, mas a versão mais consensual é que terá tido origem como um meio de defesa dos escravos do Brasil no século XVI, dissimulado numa dança para que os seus proprietários não o identificassem. O que é garantido é que esses escravos, originários de vários locais da África, mantiveram as raízes da sua herança através de diversos costumes e rituais e a Capoeira nasce de um conjunto de tradições ancestrais.
Uma arte, que marcial ou não, é um símbolo máximo da herança cultural de um povo, com o mesmo peso que terá o Karatê para o Japão ou o Taekwondo para a Coreia. Tanto é que a Capoeira foi declarada Patrimônio Cultural Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, depois em 1985 se ter declarado o dia 3 de Agosto como o Dia do Capoeirista.
