Pênalti para França é primeira intervenção do VAR na história das Copas

A vitória de 2 a 1 da França sobre a Austrália, neste sábado, em Kazan, entra para a história das Copas como um marco do uso da tecnologia nas decisões da arbitragem. Aos 10 minutos do segundo tempo, o árbitro Andrés Cunha, do Uruguai, recorreu ao vídeo para marcar pênalti de Risdon, da Austrália, em Griezmann, da França. Foi a primeira intervenção do VAR na história dos Mundiais.

Inicialmente, o árbitro não tinha anotado o pênalti. O jogo seguiu por cerca de 20 segundos, até a bola sair. E aí o juiz decidiu conferir o lance em uma tela ao lado do campo. Sinalizou aos atletas que o jogo estava paralisado e foi ver a jogada. Em seguida, apontou para a marca e deu cartão amarelo para o jogador australiano. Griezmann cobrou e fez o gol.

O comentarista de arbitragem da TV Globo Renato Marsiglia analisou o lance depois do jogo. Disse ele:

– O calço é dentro da grande área. A arbitragem pode mudar de ideia antes de o jogo ser reiniciado. A justiça foi corretamente recolocada no seu lugar. O juiz não teria marcado se não houvesse a tecnologia. É aquela velha história: nao dá para brigar com a imagem.

Pouco depois, Umtiti, da França, tocou com a mão na bola dentro da área, e a arbitragem marcou pênalti depois de pressão dos jogadores da Austrália – desta vez, sem consultar o vídeo, mas, aparentemente, sendo avisado em um ponto.

– Ele levou quase um minuto para marcar o pênalti. Não foi na hora que aconteceu. Houve a manifestação dos jogadores da Austrália, e ele escutou do árbitro de vídeo que houve o toque de mão.

E o jogo seguiu contando com a tecnologia. No segundo gol da França, a bola quicou um pouco além da linha, e o chip contido nela avisou ao árbitro que foi gol.