Na quinta-feira (1°), um policial militar da 40ª CIPM foi preso suspeito de agredir a companheira no bairro do Nordeste de Amaralina, em Salvador. Conforme informações da vítima, a agressão aconteceu após uma discussão política. A filha dela, uma criança de 9 ano, também teria sido agredida.
“O ápice dessa última foi a questão das eleições, né? Porque ele é de um candidato, eu sou de outro candidato… e aí depois ele passou a me retaliar. Ele me agrediu fisicamente, verbalmente também”, disse a mulher.
Conforme a mulher, a agressão aconteceu na quarta-feira (30), um dia antes da prisão do PM.
“Agrediu minha filha de 9 anos, que veio me defender. Apontou a arma para mim, minha filha abriu a porta do apartamento, saiu correndo e foi para o corredor”, relatou.
Segundo a vítima, a cena foi desesperadora. A filha dela chegou a gritar pedidos de socorros.
“Quando ele viu minha filha gritando: ‘Socorro, socorro, socorro! ajuda minha mãe, ajuda minha mãe, ele vai matar a minha mãe’. Ele colocou a arma aqui debaixo do braço, saiu do corredor, veio puxando minha filha pelo cabelo, até dentro do apartamento”, denunciou.
Ele pegou, jogou minha filha na parede, né? Falou: ‘Cala a boca sua vagabunda, sua nigrinha’, com minha filha de 9 anos”.
A Polícia Civil relatou que a Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (Deam) de Brotas autuou o militar em flagrante pelo crime de lesão corporal praticado contra a companheira.
Os envolvidos no caso foram ouvidos pela Deam. Além dos depoimentos, foram analisados exames de lesões corporais, vídeos e ocorrências anteriores sobre violência doméstica e familiar imputada ao suspeito.
O PM foi encaminhado para o Batalhão da Polícia Militar de Salvador, onde está à disposição da Justiça.