Presidente de Comitê do Marrocos diz que estudou organização do Brasil em 2014

Desde que foi anunciada oficialmente, a candidatura do Marrocos para sediar a Copa do Mundo de 2026 não sai dos noticiários locais. Mesmo tendo um adversário duríssimo pela frente – uma união entre Estados Unidos, México e Canadá -, o comitê segue otimista de que pode levar a Copa, pela primeira vez, ao norte da África. Homem-forte da candidatura marroquina, o dirigente Moulay Hafid Elalaamy disse que o Brasil, por conta das semelhanças com o Marrocos, foi alvo de profundos estudos.

– Você sabe que o Brasil lembra muito o Marrocos. Nós, da organização, estudamos os pontos fortes e tudo o que o Brasil fez em sua Copa do Mundo. Nós fizemos um trabalho aprofundado e conseguimos obter resultados muito interessantes.

Essa é a quinta vez que o Marrocos tenta sediar uma Copa do Mundo. Em 1994, 1998, 2002 e 2010, acabou sendo derrotado. Para Elalaamy, o país está mais preparado que nunca.

– O Marrocos, entre a última vez e hoje, se transformou totalmente. Nós temos características que se transformaram completamente entre 2003 e hoje em dia. Conseguimos receber a COP 22, em Marrakech (conferência da ONU sobre mudanças climáticas, em 2016). É um país seguro, organizado, e que recebe em média 10 milhões de visitantes por ano, com resultados extremamente favoráveis. Então pensamos que podemos organizar a Copa de 2026 muito bem.

Para que consiga levar a Copa para o Marrocos, o comitê vai precisar reunir apoios por todo o mundo. A escolha será feita por votos abertos das 211 federações filiadas à Fifa.

– Nós somos do mundo esportivo. E as afinidades a nível esportivo são muito diferentes das afinidades políticas e diplomáticas. A nível esportivo, nós pensamos que temos muitos amigos através do mundo. Diferentes países em diferentes continentes. Então estamos muito confiantes de receber votos do mundo inteiro e de fazer diferente. E que o melhor ganhe.

No último sábado, o Marrocos apresentou, em entrevista coletiva, detalhes da sua candidatura. Entre elas, a utilização de 14 estádios em 12 cidades sede – quase metade das 23 cidades apresentadas por Estados Unidos, México e Canadá. A votação e o anúncio oficial acontecem no dia 13 de junho, um dia antes da abertura da Copa de 2018.