Na última quinta-feira, Cristiano Dresch, presidente do Cuiabá, expressou sua insatisfação com a abordagem do Corinthians na contratação do técnico António Oliveira. Segundo Dresch, a maneira como o clube de São Paulo conduziu o processo foi inadequada, caracterizando-se pela falta de comunicação prévia, o que, em sua visão, desrespeitou o protocolo profissional esperado em tais negociações dentro do cenário futebolístico brasileiro.
Dresch detalhou que o Corinthians entrou em contato para informar que havia firmado acordo com Oliveira, sem antes notificar o Cuiabá da intenção de iniciar as negociações, prática que o presidente do Cuiabá classificou como contrária à ética profissional no esporte. Ele reforçou a necessidade de respeito entre os clubes, independente de seu tamanho ou prestígio.
Outro ponto crucial abordado por Dresch foi a questão financeira envolvendo a transferência. Ele revelou que a multa rescisória de R$ 1 milhão e 40 mil, estipulada no contrato de Oliveira com o Dourado, ainda não foi quitada pelo Corinthians. Explicou ainda que, até a efetuação deste pagamento, o técnico não seria liberado oficialmente. Este impasse financeiro ocorre em um momento em que o Corinthians busca se recuperar de uma fase turbulenta, marcada pela recente demissão de Mano Menezes e os esforços para estabilizar a equipe com resultados positivos.
Dresch também esclareceu as condições contratuais de Oliveira, mencionando que, inicialmente, a multa era de R$ 5 milhões caso o técnico optasse por não renovar seu contrato que expirou em 2023. No entanto, após a renovação no início de 2024, o valor foi reduzido, estabelecendo-se na quantia atual citada.
A situação expõe os desafios e intricadas negociações que permeiam o futebol profissional, ilustrando como detalhes contratuais e a conduta entre clubes podem influenciar diretamente na dinâmica das transferências e na gestão de equipes.