Na terça-feira (04), a Polícia Civil de Banzaê prendeu um professor, acusado de interferir no inquérito policial do caso do Vereador Roger Enfermeiro. O vereador foi preso acusado de violência sexual contra uma garota de 13 anos.
O professor da menina foi preso por induzi-la a pagar prints de conversas que comprovariam os abusos cometidos. Ela informou à Polícia que recebeu nudes do vereador, e que, quando o seu professor de português soube, teria a obrigado a apagar as fotos. O homem foi indiciado por constrangimento de criança e adolescente.
Segundo o delegado responsável pelo caso, o educador nega ter proximidade com o político. Ele confirmou à Polícia, no entanto, que aconselhou a menina sobre o caso, mas nega ter feito ela apagar as fotos. “Ele diz, inclusive, que são adversários políticos, e que não teria motivo nenhum para defender Roger”, diz o delegado.
Conforme o delegado, a pena para o educador é de cerca de 2 anos, por isso não foi pedida a prisão preventiva.
“O código de processo penal diz que só cabe prisão preventiva nos crimes punidos com reclusão, cuja pena máxima seja superior ou igual a 4 anos, então só indiciei”, disse.
No entanto, depois que o processo foi encaminhado ao Ministério Público e à Justiça, a prisão foi pedida.
“Suponho que o juiz e o promotor tenham concluído que haviam outros crimes, como coação no curso do processo, favorecimento pessoal, além do constrangimento, e pediram pela prisão do professor”, afirmou.
Roger, natural de Paulo Afonso (BA), cometia os crimes desde fevereiro. Ele se apresentou na delegacia de Ribeira do Pombal com um advogado e lá foi cumprido um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Criminal, Júri, de Execuções Penais e Infância e Juventude da cidade. Atualmente Roger se encontra custodiado no Presídio de Paulo Afonso (BA).