Em um ato simbólico de solidariedade e protesto, jogadoras de três diferentes equipes do Brasileirão Feminino uniram forças numa manifestação marcante contra o técnico do Santos, Kleiton Lima, que enfrenta acusações de assédio. Este momento emblemático ocorreu minutos antes do apito inicial de dois confrontos da primeira rodada, ressaltando a união das atletas em face da adversidade.
No embate entre Palmeiras e Avaí, realizado em Jundiaí, atletas dos dois times optaram por um gesto convincente de silenciamento, cobrindo suas bocas com as mãos durante a execução do hino nacional. De maneira similar, as jogadoras do Corinthians, enfrentando diretamente a equipe do técnico acusado, em Santos, replicaram o gesto. A presença de Kleiton Lima, observando as demonstrações de protesto contra ele, adicionou uma camada adicional de significado ao ato.
Este protesto foi uma resposta direta às acusações perturbadoras que vieram à tona, envolvendo Kleiton Lima. Um total de 19 jogadoras relatou ter sofrido assédio por parte do treinador, uma situação que já havia levado ao seu afastamento temporário no ano anterior, durante o período de investigações. Contudo, a decisão do técnico de retornar ao cargo provocou uma onda de indignação e motivou este ato de repúdio por parte das atletas, sublinhando uma exigência coletiva por um ambiente esportivo seguro e respeitoso.
A ação dessas jogadoras, além de destacar a gravidade das acusações, serve como um chamado poderoso para a necessidade de mudanças significativas no futebol feminino, reforçando a importância do respeito e da proteção contra qualquer forma de assédio ou discriminação.