A audiência entre Santos e o técnico Jorge Sampaoli, realizada nesta quarta-feira, durou poucos minutos e terminou sem acordo. Nesta tarde, os advogados do clube, do treinador e o próprio argentino se reuniram na 5ª Vara do Trabalho, em Santos, onde corre a ação proposta pelo argentino.
Os advogados de Jorge Sampaoli, Gustavo Amorim e Paulo Faia, da Amorim&Fisori, pediram que fosse incluída no processo a premiação pela classificação do Santos à Libertadores de 2020, como previsto em contrato e que não foi paga pelo clube ao treinador – o prazo era janeiro, segundo a defesa do argentino.
A juíza da Vara questionou as partes sobre um possível acordo, que não aconteceu. Assim, uma nova audiência foi marcada para março.
O técnico Jorge Sampaoli cobra do Santos a multa rescisória de seu contrato (R$ 10 milhões), alegando que houve quebra de contrato por causa do atraso de quatro meses no recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
O Santos, por outro lado, defende que o treinador pediu demissão em reunião realizada em 9 de dezembro, um dia antes de expirar a cláusula de multa rescisória – e, por isso, entende ter direito a ser indenizado pelo treinador. Sampaoli afirma que só formalizou sua demissão no dia 11, já sem a multa em seu contrato.
O Santos pediu sigilo no processo, mas o pedido foi indeferido. Tanto Sampaoli como os representantes do Santos deixaram a audiência sem dar entrevistas.
Durante o encontro, o técnico ficou a maior parte do tempo calado. Só se manifestou quando a juíza declarou que marcaria uma nova audiência para abril. Sampaoli pediu para que fosse antes, pois espera voltar ao futebol e teme não poder estar presente.