Em uma decisão sem precedentes, o Santos Futebol Clube terá que jogar com portões fechados, após uma série de confusões durante o clássico contra o Corinthians. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), após avaliar o caso, determinou que as partidas na Vila Belmiro ocorrerão sem a presença de torcida, uma medida que busca garantir a segurança dos jogadores e do público em geral.
Detalhes da decisão do STJD
A derrota do Santos para o Corinthians por 2 a 0 foi ofuscada pela ação de alguns torcedores que lançaram bombas e sinalizadores no gramado, levando à interrupção do jogo aos 44 minutos do segundo tempo. A determinação de jogar com portões fechados foi feita pelo presidente do STJD, José Perdiz, que acatou o pedido da procuradoria da entidade.
A punição começa no próximo domingo, 25 de junho, quando o Santos enfrentará o Flamengo pelo Campeonato Brasileiro masculino e feminino. A sentença do STJD é válida por 30 dias, prazo que levará até a primeira instância do tribunal julgar o caso. Durante esse período, o Santos também estará proibido de levar torcida aos jogos em que for visitante.
A confusão se espalhou
A situação, inicialmente concentrada no interior do estádio Vila Belmiro, se alastrou para os arredores do local. A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou que alguns torcedores, insatisfeitos com o resultado da partida, depredaram áreas externas ao estádio, o que resultou na intervenção policial para dispersar a multidão.
A força de segurança, entretanto, confirmou que ninguém ficou ferido e o caso agora é investigado pela Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade). A Drade instaurou um inquérito policial para apurar os fatos e responsabilizar os envolvidos.
Fica a expectativa agora de como o Santos lidará com a situação e quais serão as consequências desta decisão para a equipe e seus torcedores. O clube paulista e o futebol brasileiro em geral enfrentam um momento delicado, em que a paixão pelo esporte precisa conviver com o respeito e a segurança de todos.