Santos vence a Chape fora e dorme na liderança

Longe de ser brilhante e com um gol contra do zagueiro Gum, o Santos, enfim, voltou a vencer no Campeonato Brasileiro, neste sábado, após três partidas. E a vitória por 1 a 0 diante da Chapecoense, na Arena Condá, em Chapecó (SC), pela 17.ª rodada, recolocou, ao menos provisoriamente, a equipe do técnico argentino Jorge Sampaoli na liderança.

Depois de perder duas partidas (contra São Paulo e Cruzeiro) e empatar uma em casa (Fortaleza), o time da Baixada Santista chegou aos 36 pontos depois de 17 rodadas e agora aguarda por um tropeço do Flamengo diante do Palmeiras, neste domingo, no estádio do Maracanã, no Rio de janeiro, para confirmar a volta à ponta da competição. Já a equipe de Chapecó estacionou nos 14 pontos, abrindo a zona de rebaixamento, em 17.º lugar na tabela de classificação.

O Santos fez um primeiro tempo com maior posse de bola que o adversário (56% a 44%), mas sem necessariamente apostar em uma abordagem mais agressiva no campo de ataque. Defendendo com uma última linha de cinco jogadores, por sua vez, a Chapecoense também não se expunha muito. Com isso, pouquíssimos lances de perigo foram criados na primeira etapa.

Para o time da casa, o lance que mais o aproximou do gol foi uma jogada revisada pelo VAR e pelo árbitro carioca Bruno Arleu de Araújo, aos 32 minutos. O possível pênalti, em bola disputada pelo alto entre Lucas Veríssimo e Everaldo, no entanto, foi descartado pela equipe de arbitragem.

No momento mais marcante para os santistas, a conclusão do lance foi positiva para a equipe visitante. Aos 38 minutos, a ideia de avançar, com a posse de bola, tendo Felipe Jonatan pela ala esquerda em uma espécie de 3-4-3, pensada por Sampaoli, funcionou. Centralizado, ele iludiu a defesa catarinense abrindo o lance para Soteldo na esquerda. O ponta tentou levantar para o meio da área, mas no meio do caminho a bola foi desviada pelo zagueiro Gum em direção ao próprio gol, tirando o goleiro Tiepo da jogada: 1 a 0.

O erro do defensor da Chapecoense só não foi mais grave do que a falha capital da arbitragem ao não detectar uma irregularidade na origem do lance, com Victor Ferraz recebendo uma bola em impedimento. A jogada recomeçou com a retomada da posse santista e passou ilesa até mesmo pelo VAR.

A volta do intervalo era de um total marasmo até os 15 minutos, à exceção de uma cabeçada de Lucas Veríssimo que passou bem próxima ao gol de Tiepo. Tanto que o próprio Sampaoli realizou duas alterações ao mesmo tempo, colocando o uruguaio Carlos Sánchez e Alison nos lugares, respectivamente, de Felipe Jonatan e do paraguaio Derlis González.

Do lado catarinense, o interino Emerson Cris retirou um dos três zagueiros, Rafael Pereira, para incluir o atacante Henrique Almeida. A alteração parece ter ajudado a abrir um pouco mais o campo para o ataque da equipe da casa, com o próprio jogador que veio do banco de reservas, mandando um chute perigoso da entrada da área aos 22 minutos.

Por sua vez, a equipe paulista, com mais espaço e apostando na velocidade de Soteldo, que caia ora pela esquerda ora pela direita do ataque, respondia em contragolpes velozes. Aos 25, aos 28 e aos 40 minutos, Eduardo Sasha desperdiçou três ótimas chances, todas evitadas por Tiepo.

A última cartada de Emerson Cris foi a retirada de mais um zagueiro, Gum, para a entrada do meia Diego Torres. A equipe anfitriã passou a atacar com muito mais jogadores, mas o conceito era um só: bola alçada na área, o que acabou não resultando em nova mudança no placar.

As duas equipes voltam a campo pelo Brasileirão no domingo, dia 8 de setembro. Enquanto o Santos recebe o Athletico-PR, às 16 horas, no estádio da Vila Belmiro, em Santos, a Chapecoense vai até Maceió para encarar o CSA, às 19 horas, no estádio Rei Pelé.