O Vitória tem uma dívida com o seu torcedor. Não tem a ver com dinheiro, e, sim, com uma questão emocional. As goleadas sofridas para o rival, Bahia, e para o Atlético Paranaense, que iniciou a última rodada como lanterna, foram difíceis de engolir. Agora, o torcedor não quer saber de palavras de perdão, mas de atitude. O elenco rubro-negro terá essa chance domingo (5), às 16h, quando enfrentará o Cruzeiro, no Barradão. O jogo é válido pela 17ª rodada.
Além do Vitória, outro que anda em dívida, individualmente, é o atacante Neilton. Artilheiro do time na temporada, com 18 gols, e no Campeonato Brasileiro, com quatro, o camisa 10 não marca desde a 10ª rodada, quando o Leão venceu a Chapecoense por 1×0, no Barradão.
São sete rodadas e quase dois meses sem sentir o gostinho de ver a bola beijar as redes. Quem sabe no domingo aquela famosa ‘Lei do Ex’, quando atletas fazem gols nos seus antigos clubes, não entra em ação? Vale lembrar que Neilton vestiu a camisa do Cruzeiro em 2014 e 2015.
“Espero que sim, que tenha ‘Lei do Ex’. Espero retomar o caminho das redes contra o clube que tive passagem. Sabemos que estamos devendo e estamos nos cobrando para que possamos vencer os jogos e continuar com um ambiente agradável. Assim, fica melhor para todo mundo trabalhar. A gente precisa aproveitar nosso bom ambiente para trazer resultados para dentro de campo”, admite Neilton.
Ganhar do Cruzeiro é apenas um primeiro objetivo traçado. O Vitória precisa de mais. Retomar o trilho, sofrer menos gols, ter mais estabilidade. Em casa, o time tem feito jogos razoáveis, tanto que não sofre gols no Barradão há três rodadas. Fora, o bicho pega. Nas últimas duas apresentações, duas goleadas e oito gols sofridos.
Altos e baixos
Neilton também falou sobre essa oscilação e admite que é um dos pontos que o time ainda peca. No entanto, ele procurou ver o lado bom das coisas e lembrou que o Vitória, diferentemente do Brasileirão do ano passado, voltou a vencer em casa. Em 2017, o clube foi o pior mandante da competição, com apenas três triunfos – foi a pior campanha como mandante da história do Leão.
“Vamos procurar nos corrigir em relação aos últimos resultados e procurar fazer bons jogos daqui para frente, para que a gente possa criar nossa identidade dentro de casa também. A gente se cobra muito em relação a ter consistência. Nós oscilamos muito. Estamos em busca de equilíbrio. Poderíamos estar em uma situação melhor na competição e só não estamos por causa disso”, finalizou Neilton.
Nesse ano, o campeonato ainda não chegou nem na metade e o Leão já venceu quatro partidas no Barradão, uma a mais do que em toda a campanha de 2017.
