Poucos dias antes da estreia da seleção feminina da Zâmbia na Copa do Mundo Feminina 2023, seu treinador, Bruce Mwape, enfrenta sérias acusações de abuso sexual. As investigações em torno de Mwape, figura fundamental para a inédita classificação da Zâmbia ao mundial, foram iniciadas em setembro de 2022 pela Associação de Futebol da Zâmbia (FAZ) e noticiadas pelo jornal britânico, The Guardian.
Bruce Mwape, contratado em maio de 2018, agora se encontra no centro de um escândalo sexual. De acordo com uma jogadora anônima que conversou com o The Guardian, o treinador supostamente pressionava as jogadoras a dormir com ele. “É normal que o treinador durma com as jogadoras da nossa equipa”, relatou a atleta.
Além de Mwape, Kaluba Kangwa, técnico da equipe sub-17 da Zâmbia, também está sendo investigado pela FAZ. Segundo fontes próximas à situação, as jogadoras temem retaliações se denunciarem os abusos, com ameaças sendo feitas indiretamente.
Embora não existam queixas oficiais registradas sobre as alegações, a FAZ tem levado o caso muito a sério, segundo palavras de seu secretário-geral, Adrian Kashala. “Vamos colaborar com o Serviço de Polícia da Zâmbia e outras partes interessadas relevantes para lidar com este assunto”, afirmou ele.
O presidente da FAZ, Andrew Kamanga, manifestou preferência pela intervenção de uma entidade independente nas investigações. “Preferimos que um órgão independente como a Fifa, que tem capacidade para fazer isso, seja capaz de lidar com as investigações”, disse ele em 2022.
A seleção zambiana está no Grupo C do torneio junto com Espanha, Japão e Costa Rica. Esta é a primeira vez na história que tanto a seleção masculina quanto feminina da Zâmbia participam da Copa do Mundo. Além da Zâmbia, outras três seleções africanas também estarão presentes nesta edição do torneio.
Fique ligado em ChicoSabeTudo para as últimas notícias sobre a Copa do Mundo Feminina 2023 e a situação da seleção feminina da Zâmbia.