O Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) julgou, nesta semana, um caso de injúria racial ocorrido em 4 de outubro, durante a partida entre Batel e Nacional, válida pela Taça da Federação Paranaense de Futebol.
Decisão do tribunal
O TJD-PR entendeu que, além das ofensas de caráter racial, houve reação física entre os atletas — um elemento que agravou a avaliação do episódio.
- Paulo Victor (Nacional) — suspenso por 10 jogos. Segundo o tribunal, a pena maior se deve à reação física: ele desferiu um soco no adversário e foi ainda acusado de cuspir.
- Diego Gustavo de Lima (Batel) — suspenso por 7 jogos por conduta discriminatória apontada como injúria racial. Após o episódio, o Batel rescindiu o contrato de Diego Gustavo.
Nas redes sociais, Paulo Victor manifestou indignação com a decisão e questionou a diferença de penas: “Meu sentimento já era de impotência, agora ainda mais. Não me senti amparado e queria entender realmente essa sentença de pegar mais jogos do que quem cometeu o crime”.
Como evitar que episódios assim se repitam? A pergunta fica no ar: é preciso mais prevenção, educação e protocolos claros dentro dos clubes e das competições para combater o racismo no futebol.
As sanções e a rescisão contratual foram formalizadas pelo TJD-PR durante o julgamento desta semana.

