Na madrugada desta terça-feira, o meia Luan, do Corinthians, sofreu uma agressão conduzida por torcedores do próprio clube em um motel localizado na Barra Funda, zona oeste da capital paulista. Segundo informações obtidas pelo ge, os torcedores identificaram o jogador no local.
O Corinthians prontamente se posicionou em relação ao episódio. “O clube repudia veementemente essa agressão covarde ao jogador”, expressou a equipe em nota oficial. O incidente ocorre em um momento delicado da carreira de Luan, que desde 2020 luta por uma chance de se reestabelecer no elenco principal do Timão.
As autoridades já estão envolvidas no caso. O delegado Cesar Saad, da Delegacia de Repressão aos Delitos Esportivos, foi acionado pelo presidente do Corinthians, Duilio Monteiro Alves. “Fui procurado pelo presidente Duilio e estou averiguando o caso. O Corinthians não conseguiu falar com o jogador nem o representante dele, mas já colocou o departamento jurídico em alerta para tratar desse tema”, afirmou Saad.
Luan estava acompanhado de cerca de cinco amigos e quatro mulheres no momento do ocorrido. Ainda conforme as informações obtidas, o jogador foi agredido na região das costelas, mas encontra-se bem.
A agressão ocorreu logo após o jogador se pronunciar sobre sua trajetória no Corinthians desde sua chegada em 2020. Luan pediu oportunidades no início deste ano, desta vez ao técnico Vanderlei Luxemburgo. No entanto, Luxemburgo, no último domingo, afirmou que não utiliza o jogador em função da resistência por parte da torcida.
Luan, que não joga pelo clube desde fevereiro do ano passado, tem contrato com o Corinthians até o fim desta temporada. Desde sua chegada ao clube, o meia acumula 80 jogos, 11 gols e cinco assistências pelo Timão. O jogador foi contratado por R$ 28,9 milhões, e conforme o balanço financeiro do clube em 2022, o Corinthians ainda deve R$ 4,5 milhões ao jogador em direitos de imagem.
Espera-se que esse episódio chame a atenção para a questão da segurança dos jogadores e para o papel do torcedor no futebol brasileiro. É imprescindível que medidas sejam tomadas para prevenir situações de risco e violência como essa.