O Ministério Público de Goiás (MP-GO) tem intensificado suas investigações sobre um escândalo envolvendo jogadores brasileiros e um esquema de manipulação de resultados em apostas esportivas. O zagueiro Victor Ramos, ex-Vitória e atualmente na Chapecoense, é um dos nomes que aparecem em meio a este turbilhão.
Em uma chamada de vídeo realizada no dia 25 de abril, com os promotores do caso, Ramos relatou estar surpreso com os desdobramentos do caso.
“Eu não sabia que conversar sobre apostas poderia ser crime. Eu sou muito leigo para isso, sou muito desligado para essas coisas, internet, não sabia que conversar sobre apostas vinha dar o que está dando em minha vida, esse tumulto, essa turbulência.”
O jogador admitiu que dialogou sobre apostas e resultados, mas afirmou não ter conhecimento de que tais ações poderiam ser interpretadas como criminosas.
“Eu estava na concentração antes do jogo, e ele insistindo, mandando mensagem, tipo: ‘vamos fechar, hermano, dinheiro’. Eu fiquei falando com ele, aí na concentração, fechamos cartão amarelo. Eu fiz sem conhecimento algum que era um crime ou algo assim. Normal, não perguntei nada para ninguém”, detalhou Ramos.
Ramos negou, contudo, ter obtido qualquer tipo de favorecimento financeiro com a situação, mantendo-se firme na versão de que foi aliciado e manipulado por terceiros.
Paralelamente, a defesa de Fernando Neto, também envolvido no caso, emitiu um comunicado reiterando a inocência do atleta.
“O atleta foi procurado e aliciado pelos acusados. O PIX mencionado foi transferido para a sua conta corrente e após devolvido. Restituindo os valores na sua integralidade”, garante a defesa.