O zagueiro Victor Ramos, cria da base do Vitória e protagonista de passagens marcantes no Barradão, expressou profundo carinho pelo Leão. Com 35 anos, o defensor manifestou o desejo de retornar ao clube para encerrar sua trajetória. Ele classificou essa possibilidade como um “sonho”.
“Minha história no Vitória é muito positiva. Protagonizei a melhor campanha, fui capitão do time no 5º lugar. Conquistei vários títulos, a maioria contra o Bahia. Tenho essa vontade de fazer essa despedida no Vitória, esse sonho. Claro, não tenha dúvida. É meu sonho. Amo o Vitória, não escondo de ninguém“, declarou o atleta em entrevista ao ge.
Atualmente sem clube desde que deixou a Chapecoense, Victor assegurou que, apesar de ter sido investigado na Operação Penalidade Máxima II, está apto para atuar. “Na verdade, eu só fui investigado, estou apto a jogar. Não estar jogando é escolha minha. Deixar bem claro que tive algumas propostas, mas nada interessante do que eu esperava“, explicou.
Proposta de rival e vida noturna
Com o Vitória em foco, VR3 mencionou ter recusado uma oferta por causa de sua identificação com o Leão da Barra. Segundo ele, o Bahia o procurou com uma boa proposta financeira, mas a rivalidade falou mais alto. “Sei o que fiz no Vitória. […] Tive proposta do Bahia para dobrar salário, mas não fui porque tenho uma história no Vitória desde pequeno, uma vida inteira ali“, contou.
Famoso por apreciar a vida noturna durante a carreira e protagonizar algumas polêmicas, Victor admitiu que realmente gostava de “dar uma volta”. Ele, contudo, considera que sempre soube equilibrar sua carreira e momentos de lazer. Disse também que mudou um pouco seu estilo de vida, adotando uma rotina mais caseira.
“Todos nós gostamos de dar uma volta, normal. Só que como é jogador, pessoa pública, as coisas pegam mais, aumentam mais, a repercussão é maior. Mas eu não me arrependo, sempre gostei [da noite]. Mas sabendo separar no momento certo, no dia certo, né!? Não confundindo, sempre colocando meu trabalho em primeiro lugar. Mas eu não tenho dúvida que amadureci muito. O Victor de 20, de 22, de 21 anos não é o mesmo que o de 35 de hoje. Na verdade, amadureci dos 30 para cá, sou outro Victor. Fico mais em casa, saio mais em ocasião de aniversário, uma coisa mais tranquila“, detalhou.
