O Vitória luta contra o fantasma da expectativa frustrada em seu retorno à elite do futebol brasileiro. Após sete rodadas, o Leão ainda não conquistou uma única vitória, tropeçando contra rivais diretos na briga contra o descenso, como Atlético Goianiense e Cuiabá. O desempenho dentro das quatro linhas tem sido decepcionante, semeando sentimentos controversos entre a torcida Rubro-Negra.
No empate sem gols diante do Cuiabá, fora de casa, as reações foram ambíguas. Enquanto o técnico Thiago Carpini enxergou um “copo meio cheio” no ponto conquistado, parte da apaixonada Nação Rubro-Negra permanece incrédula perante a marca de dez jogos sem triunfos. A próxima batalha será contra o Juventude, na próxima terça-feira, no Alfredo Jaconi.
Busca por gols e lições defensivas
O meia Jean Mota, que entrou na etapa final contra o Dourado, lamentou a falta de uma vitória tão almejada, mas enalteceu o sólido setor defensivo:
“Não tomamos gol e fizemos uma partida excelente defensivamente. Vamos tentar trabalhar na parte ofensiva para fazer os gols e, sim, voltar a vencer. Sabemos o quanto é difícil jogar fora de casa. Precisávamos pontuar.”
Carpini, por sua vez, destacou a evolução da equipe, mesmo diante de limitações técnicas. “Conseguimos pontuar, não sofremos gol. Fizemos um jogo consistente e sem correr muitos riscos”, avaliou o comandante.
Expectativas realistas e confiança fundamental
Carpini abordou as expectativas sobre o Leão no restante da temporada, reiterando a luta contra o rebaixamento como objetivo central para as equipes recém-promovidas. “Não dá para vender ilusão. A distância da Série B para A é grande. Em todos os aspectos, tem que ter engajamento, não só financeiro, mas estrutural”, ponderou.
Apesar do início frustrante, o treinador considera prematuro jogar a toalha. “São sete rodadas. Muita coisa vai acontecer durante a competição. Na reta final, tem finais de Copa do Brasil, Libertadores, Sul-Americana. Os olhos de algumas equipes não estarão 100% voltados para essa competição.”
A recuperação da confiança é fundamental para um clima diferente na equipe e entre os torcedores. No entanto, isso só ocorrerá quando o Vitória vencer sua primeira partida no Brasileirão. Para Carpini, o fator casa no Barradão será crucial: “O torcedor tem que continuar acreditando e lutando junto com o Vitória. Fator casa tem que voltar a acontecer no Barradão. A gente sabe a força que tem a torcida quando todos estão na mesma sintonia. O torcedor está irritado, a gente entende.”
