Vitória faz mistério, mas terá mudanças no time para a final do Baianão

Essa será a primeira vez que o técnico Wesley Carvalho terá a chance de conquistar um título. Para não deixar o troféu escapar, o técnico interino do Vitória se mune de todas as armas possíveis, inclusive a tradicional prática de fechar os treinos para esconder o time titular que vai a campo domingo (7), no Ba-Vi decisivo, às 16h, no Barradão.

Apesar da discrição, algumas informações são difíceis de esconder, como as mudanças que devem ser feitas na equipe rubro-negra.

Uma alteração confirmada no time é a saída do volante Uillian Correia, que foi expulso no primeiro jogo da final, quarta-feira, quando o Vitória empatou em 1×1 com o Bahia, na Fonte Nova. Sem outra opção na posição, a tendência é que ele seja substituído por Bruno Ramires, que estava sendo titular com Argel Fucks após a lesão de José Welison, que passou por cirurgia e só voltará em outubro.

Outra mudança praticamente certa é o retorno de André Lima ao ataque. Na sexta-feira (5), o artilheiro do time no ano, com 10 gols, admitiu que ainda sente dor, mas prometeu que vai a campo mesmo que seja no sacrifício. “A sensação é de pisar numa agulha. É uma dor grande. Para mim, considero um pouco insuportável, chega ao ponto quando você acorda, nem consegue botar o pé no chão. Eu tomei infiltração e a dor melhorou. Amanhã (hoje) vou treinar para ver o que pode ser feito para que eu possa jogar. Sem dor, acho que é impossível, mas espero chegar ao tolerável. Tenho certeza que no domingo vou estar forte para poder ajudar”, explicou.

Se o torcedor pode se encher de otimismo com André Lima, o mesmo não deve acontecer com Kieza. Vice-artilheiro do time, com nove gols, ele segue com lesão na coxa e dificilmente será liberado pelo departamento médico. Além dele, o zagueiro Fred, pelo mesmo motivo, está praticamente descartado do confronto.

Diante desse cenário, o técnico Wesley Carvalho deve mudar o esquema de jogo para que André Lima possa atuar. Como o atacante assumidamente só rende quando joga centralizado, o Leão pode encarar o Bahia no 4-3-3, com David pela direita e Paulinho pela esquerda. Para isso, ele teria que sacar um dos homens do meio-campo. 

Outra possibilidade é montar o time no mesmo esquema, mas com Euller na vaga de Paulinho, atuando como ponta esquerda, ao invés de meia. Desta forma, apesar de perder um homem de velocidade e bom nos tiros rápidos, Wesley ganharia no setor criativo. Há uma terceira alternativa, que é jogar no 4-2-3-1.

Se não inovar, a tendência é que Wesley Carvalho mantenha a base e mande a campo um time formado por Fernando Miguel; Patric, Kanu, Alan Costa e Geferson; Willian Farias, Bruno Ramires e Cleiton Xavier; David, Paulinho (Euller) e André Lima.

Recuperado da gripe que o tirou do jogo passado, o meia Gabriel Xavier deve começar no banco de reservas.

12º JOGADOR
Após o jogo na Fonte Nova, o goleiro Fernando Miguel classificou o empate em 1×1 como satisfatório e explicou a importância de decidir em casa, onde o time será empurrado pelo torcedor, em mais um clássico de torcida única.

“O resultado foi satisfatório. A gente queria levar a decisão para a nossa casa e conseguimos. Ter a torcida a favor muda muito. A autoestima da gente vai lá para cima. A gente precisa do Barradão lotado. Vamos para cima com tudo. É o último clássico do primeiro semestre. Teve a perda do clássico, a eliminação, a demissão do Argel, a gente se sente responsável por tudo isso. Mas a energia está legal, está bacana”, garante.

Invicto no campeonato, com 11 vitórias e dois empates, o Leão só precisa empatar para ser bicampeão. O Bahia leva o título se vencer por qualquer placar.