Entre os protagonistas do acesso, quase nenhum está garantido no Vitória na Série A de 2016. Enquanto todos ainda convivem com a euforia do acesso, a diretoria terá um longo desafio pela frente se quiser manter uma base para a próxima temporada.
Na lista dos destaques do time em 2015, apenas Kanu permaneceria no time, mas só até maio do próximo ano, após o Estadual. Portanto, nada de Brasileirão para ele. Os demais têm situação ainda mais delicada. Heróis como Escudero, Pedro Ken, Rhayner, Diego Renan & Cia verão seus contratos terminarem no próximo mês e ninguém tem permanência garantida em 2016.
Em negociação, apenas o goleiro Fernando Miguel está bem perto de estender seu vínculo. Novo contrato de dois anos está pronto, faltando só sua assinatura. Rhayner também tem acerto relativamente próximo, apesar de outros times terem procurado o atleta. Os laterais Diogo Mateus e Diego Renan foram outros já procurados para renovar. Apesar do mistério sobre os demais, praticamente todos demonstraram interesse em ficar. "Não tem nada certo, mas não escondo que desejo disputar a Série A pelo Vitória. Garanto que será bom para todos", assegura Pedro Ken. O meia subiu com o Leão em 2012, mas não continuou.
Apesar do desejo da maioria, alguns estão longe de um acerto. Craque do time, Escudero é um deles. Seu salário, acima dos R$ 200 mil, é o que mais atrapalha a negociação. Outro com ordenado distante do proposto pelo Vitória é Gatito Fernandez, acima dos R$ 100 mil. "Ainda não sei se ficarei. O importante, neste momento é o acesso assegurado", despista Escudero.
O Vitória prefere camuflar a corrida pelas renovações. "Neste momento não é hora para falar nisto, o que não significa que não damos a devida atenção ao assunto. Porém, ainda temos um jogo na Série D e só depois conversaremos sobre isso", desliza o presidente Raimundo Viana.
Da turma que tem contrato até dezembro deste ano, alguns estão praticamente fora dos planos, como Amaral, Marcelo Mattos, Jorge Wagner, Pereira e Elton.
E Mancini?
A cautela sobre as renovações também depende muito da decisão do técnico Vagner Mancini, outro que não tem permanência garantida em 2016. O treinador manifestou interesse e garantiu que o problema não é salário. "Vitória quer, eu também. Tudo vai depender do que o clube vai me oferecer de planejamento e do que eu puder oferecer ao clube", explica o comandante.
