Em uma declaração tocante feita ao Globo Esporte nesta terça-feira (27), Titi, zagueiro do Fortaleza, compartilhou os momentos de horror vividos pela equipe após um ataque ao ônibus do time na última quarta-feira (21). O incidente ocorreu após um confronto contra o Sport na Copa do Nordeste, levando o jogador a passar por um procedimento cirúrgico na panturrilha para remover estilhaços de vidro e bomba.
Marcado pela emoção, Titi descreveu o ataque como uma “tentativa de homicídio”. Relembrando os detalhes do ato violento perpetrado pela Torcida Jovem do Sport, ele expressou sua gratidão por ninguém ter perdido a vida durante o assalto, referindo-se ao ocorrido como um “milagre de Deus”. Apesar de tentar se distanciar das lembranças do ataque, as imagens ainda provocam forte emoção no zagueiro, que se disse frustrado com a realidade do futebol brasileiro, marcada pela violência e impunidade.
Além de relatar o impacto do incidente em sua carreira — esperando uma pausa de um mês em decorrência das lesões — Titi lamentou profundamente a ausência de punições para atos de violência anteriores, indicando uma tendência alarmante de impunidade que aflige o esporte.
Em reação ao ataque, o presidente do STJD, José Perdiz, emitiu uma determinação provisória para que o Sport realize seus jogos com portões fechados e sem a presença de torcedores nas competições organizadas pela CBF, aguardando a conclusão do julgamento. A Polícia Civil confirmou a identificação de um dos suspeitos envolvidos no crime, ainda que as prisões não tenham sido programadas.
Este incidente não apenas destaca as ameaças que profissionais e equipes enfrentam fora do campo, mas também reforça a necessidade urgente de medidas mais rigorosas contra a violência no futebol brasileiro.
