Uma revelação surpreendente emergiu do CT do Barradão neste sábado. Zé Marcos, defensor do Vitória, compartilhou um passado em comum com seu companheiro de zaga Lucas Halter, destacando uma conexão que vai além dos gramados. A dupla, que tem sido fundamental na solidez defensiva rubro-negra, se prepara para o desafio contra o forte ataque do Atlético-MG, enquanto carrega consigo as raízes do sertão baiano.
Parceria com origens no Furacão
“Bom, o Halter é um cara que eu conheço há muito tempo. Para quem não sabe, a gente já jogou junto, fizemos base junto no Atlético Paranaense”, revelou Zé Marcos durante coletiva realizada no Barradão1. A conexão entre os defensores remonta aos tempos de formação, criando uma sintonia natural que tem se traduzido em boas atuações pelo Vitória.
A parceria defensiva entre Zé Marcos e Lucas Halter tem sido um dos poucos pontos positivos na atual temporada do Leão. Em quatro jogos disputados com Lucas Halter como titular, o Vitória sofreu apenas um gol3, demonstrando a solidez defensiva que a dupla proporciona à equipe baiana.
“Acho que a gente vem se entendendo bem. É claro que um resultado onde você não leva gols, a defesa vai ser elogiada. Estou feliz por isso e pretendo continuar evoluindo ao lado do Halter para que a gente possa continuar fazendo bons jogos”, complementou o zagueiro1.
Raízes sertanejas e o orgulho baiano
Nascido em Jeremoabo, município com 39.501 habitantes segundo o IBGE, Zé Marcos representa o talento que emerge do sertão baiano. A cidade, localizada no nordeste da Bahia, possui uma história rica que remonta aos povos indígenas tupinambás, e tem no futebol uma de suas paixões.
A região, que também abrange o município vizinho de Santa Brígida, com seus 14.965 habitantes, tem se destacado como berço de talentos para o futebol brasileiro. Santa Brígida, que se desmembrou de Jeremoabo em 1962, mantém estreita relação cultural e esportiva com sua cidade-mãe.
Foco total no desafio mineiro
Com o Vitória ainda sem pontuar no Brasileirão após duas rodadas, o confronto contra o Atlético-MG ganha contornos de decisão antecipada. “Bom, primeiro, na minha cabeça, é de novo não sofrer gols. É um ataque muito forte da equipe adversária. Acredito que, no princípio, você não sofrendo gols, a gente vai estar mais perto da vitória e, consequentemente, tendo os resultados positivos”, explicou Zé Marcos.
O defensor também destacou a importância da preparação mental para enfrentar o Galo no Mineirão. “Independente de momento, eu acredito que para ter resultados bons, ainda mais contra equipes fortes, você tem que estar muito concentrado, mentalmente forte. Fisicamente, a gente se prepara todos os dias, a gente treina todos os dias. Então, acredito que é muito da parte mental”.
Buscando repetir façanha de 2024
O Vitória busca repetir o feito da temporada passada, quando visitou o Atlético-MG em outubro de 2024 também pressionado pela zona de rebaixamento. Naquela ocasião, após estar perdendo por 2 a 0, o Rubro-Negro buscou um empate por 2 a 2, resultado que impulsionou uma sequência positiva com três vitórias consecutivas.
Aquele jogo contra o Galo serviu como divisor de águas para o Leão, que não apenas escapou da zona de rebaixamento como conquistou uma vaga na Copa Sul-Americana. Agora, o time baiano espera que o confronto deste domingo também possa marcar o início de uma recuperação no Brasileirão.
O duelo entre Atlético-MG e Vitória acontece neste domingo (13), às 20h30, no Mineirão, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. O técnico Thiago Carpini deve manter a dupla de zaga formada por Lucas Halter e Zé Marcos, que tem se mostrado sólida e confiável nas últimas partidas.