A escalada inflacionária que se alastrou por produtos e serviços no país nos últimos meses atingiu um item muito buscado pelos consumidores: a cerveja. O país é o terceiro maior consumidor do mundo do produto, só perde para a China e os Estados Unidos.
De acordo com dados da empresa de pesquisas Nielsen, obtidos pela Folha, o preço da bebida aumentou cerca de 11,1% entre junho de 2021 e maio de 2022, período em que o consumo em volume também elevou aproximadamente 9,5%.
A condição que está relacionada com o aumento do preço dos insumos da cerveja (como cevada e malte, em razão da Guerra na Ucrânia), a elevação do preço dos combustíveis (que encarece a logística) e a perda do poder de compra do brasileiro (cada vez mais sujeito à inflação) levou a um pacto entre a indústria e os bares, principal canal de venda da bebida: o reajuste de preços para esses estabelecimentos deverá ser menor que o reajuste seguido pelos supermercados.