Em mais uma ação contra a criminalidade, a Polícia Civil do Tocantins, por meio da 1ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado de Palmas (1ª DEIC), deflagrou na manhã de terça-feira, 28, a Operação Guerra Justa. A Ação é resultado das investigações relacionadas à tentativa de roubo a um carro-forte, fato ocorrido em agosto do ano passado, na TO-30, entre as cidades Colinas do Tocantins e Arapoema, na região Centro Norte do Estado.
Um efetivo de mais de 80 policiais civis, incluindo os do Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE) estão participando da operação e darão cumprimento a seis mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão em residências nos estados do Tocantins, Bahia, Pernambuco e Pará.
Dentre os 16 mandados de busca e apreensão, cumpridos em várias cidades como Paulo Afonso, Xinguara-PA, Marabá-PA, Petrolina-PE.
Em Paulo Afonso, uma equipe da 18ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin/Paulo Afonso) cumpriu 05 mandados de Busca e Apreensão, todos expedidos pelo Juiz Criminal da Comarca de Arapoema/TO, haja vista ações criminosas ocorridas no TO, mas praticadas por organização criminosa com integrantes de vários estados.
Os mandados foram cumpridos em três bairros da cidade.
Guerra Justa
O nome da operação vai referência ao período colonial brasileiro, onde se recorria à mão de obra indígena para trabalhar nas terras. Segundo a legislação vigente à época, para que o índio fosse recrutado, algumas condições deveriam ser atendidas. As principais eram provar que os índios eram bravios, não aceitavam a catequização, atacavam os colonos e eram antropófagos. A estes deveria ser decretada a Guerra Justa. A Guerra Justa seria assim o mecanismo mais utilizado para obtenção da mão de obra indígena. Este era, segundo Nádia Farage, “um conceito teológico e jurídico enraizado no direito de guerra medieval”.