Clovis de Sousa Silva, 62 anos, um coronel reformado da Polícia Militar, confessou ter matado o engenheiro Erceli Miguel Pinto, de 49 anos. Ele disse em depoimento que o tiro foi decorrente de uma discussão por causa de uma obra contratada pelo militar à vítima, mas que estaria parada a bastante tempo.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Clovis disse que encontrou o engenheiro “por acaso” na manhã de sábado, quando se aproximou e cobrou o engenheiro sobre o andamento da obra. A vítima teria respondido que terminaria “assim que desse”, o que teria dado início à discussão.
O coronel acrescentou que durante a briga Erceli teria feito xingamentos e o empurrado, momento em que sacou a arma para amedrontar o rival e atirou com a intenção de ser para o alto, mas que acertou o engenheiro.
Na noite do mesmo dia do crime, o coronel chegou a se apresentar na corregedoria da PM, após descobrir que o engenheiro tinha morrido, mas ficou marcado de ele se apresentar para a Polícia Civil na segunda.
Nesta segunda (18), o coronel se apresentou acompanhado por advogadas, mas foi liberado após prestar depoimento, já que o delegado considerou que o período do flagrante já havia passado.
As investigações continuam com depoimentos de testemunhas e buscas por imagens de segurança para que as circunstâncias do fato sejam determinadas.
Houve perícia no local do crime com o corpo presente, já que o engenheiro morreu logo depois do tiro. O disparo acertou na jugular da esquerda para a direita, de acordo com boletim de ocorrência.