Após o anúncio de suspensão da importação da vacina russa contra a Covid, Sputnik V, pelo Consórcio do Nordeste (reveja), o governador Rui Costa (PT), um dos principais entusiastas da aquisição, utilizou as redes sociais para comentar o fato. Mais uma vez, o gestor apontou como argumento o que chama de “entraves tanto na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) quanto no Ministério da Saúde”. O contrato inicial previa a entrega de 37 milhões de doses do imunizantes. Destes, 10 milhões seriam destinados à Bahia.
“É absurdo e lamentável que os entraves da Anvisa tenham impedido o acesso de milhões de pessoas às vacinas, que já poderíamos estar aplicando desde abril. Com elas, muitas vidas teriam sido poupadas”, iniciou o governador. Ele afirmou que os estados nordestinos se anteciparam em viabilizar as doses ainda em setembro de 2020.
“O Fundo Soberano Russo informou que as vacinas que seriam destinadas para o Brasil serão enviadas agora para o México, Argentina e Bolívia, e que, assim que o Brasil decidir, as vacinas estarão disponíveis para envio imediato para atender à necessidade do povo brasileiro”, acrescentou.
A importação de doses limitadas a 1% da população brasileira foi liberada pela reguladora em junho. No entanto, uma série de determinações teriam que ser cumpridas. A decisão pela suspensão da aquisição das doses ocorre o ministro Marcelo Queiroga anunciar que haveria mais necessidade de compra do imunizante, pois o Brasil já havia adquirido quantidade suficiente para vacinar toda a população elegível em outros laborátórios.