O presidente Jair Bolsonaro (PL) escreveu, nesta sexta-feira (17), que a Petrobras pode “mergulhar o Brasil num caos”. E citou a greve dos caminhoneiros em 2018, que provocou alta nos preços e desabastecimento.
O mandatário afirmou que o governo federal, como acionista, é contra qualquer reajuste nos combustíveis, e voltou a falar em “lucro exagerado” da petroleira em plena crise mundial.
O Conselho de Administração da Petrobras aprovou, em reunião extraordinária realizada na quinta-feira (16), aumento do preço da gasolina e do diesel.
Nesta sexta-feira, a Petrobras anunciou que a gasolina agora chega a R$ 4,06 por litro. O valor anterior era de R$ 3,86. O diesel sobe o preço médio de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. Aumento passa a valer a partir deste sábado (18).
Assim, o aumento da gasolina será de 5,18%, enquanto o do diesel chegará a 14,2%. O reajuste contraria o pedido do governo para que a Petrobras segurasse o preço dos combustíveis.
Em comunicado, a estatal ressaltou que o reajuste foi feito 99 dias após a última mudança na gasolina. No caso do diesel, o valor estava mantido por 84 dias, segundo a Petrobras.
“A companhia tem buscado o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse imediato para os preços internos da volatilidade das cotações internacionais e da taxa de câmbio. Esse posicionamento permitiu à Petrobras manter preços de GLP estáveis por até 152 dias; de diesel por até 84 dias; e de gasolina por até 99 dias”, diz a nota.