Na última quarta-feira (10), a Justiça converteu a prisão do policial penal Jorge Guaranho de preventiva para domiciliar. O apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) é acusado de assassinar a tiros o tesoureiro do PT Marcelo Arruda. A decisão foi tomada pelo juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, depois que o Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, afirmou que não tinha a estrutura ideal para receber o bolsonarista.
“Neste caso, sem desprezar a prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria e, sequer, a gravidade do suposto delito pelo qual o requerente está sendo processado (o que foi bem evidenciado pela decisão deste juízo, em mov. 23.1), deve-se atentar à peculiar situação do acusado, o qual demanda cuidados médicos especiais, sendo certo que as unidades prisionais locais e tampouco o Complexo Médico Penal (na região metropolitana de Curitiba/PR) estão aptos a lhe oferecer as devidas cautelas indispensáveis a sua convalescência”, escreveu o juiz do caso.
O advogado de Guaranho alegou à Justiça que ele não consegue executar atividades básicas sem auxílio de outras pessoas. Desse modo, conforme a defesa do policial, o local não teria a estrutura fundamental para recebê-lo. Por ser agente penal federal, Guaranho teria uma cela isolada dos outros presidiários. O magistrado determinou, então, que Guaranho deverá usar uma tornozeleira eletrônica enquanto estiver em prisão domiciliar.