Na última quarta-feira (31), um fiel foi baleado durante uma discussão política na Igreja Congregação Cristã no Brasil, em Goiânia. O assessor Davi de Souza levou um tiro na região da perna disparado pelo policial militar Vitor da Silva Lopes.
A briga iniciou por causa de uma discordância em relação a uma circular distribuída pela igreja, solicitando aos fiéis para não votarem “em candidatos cujo programa de governo seja contrário aos valores e princípios cristãos ou proponham a desconstrução das famílias no modelo instruído na palavra de Deus”.
O pastor Djalma Pereira teria pregado os fiéis para não votarem “em vermelhos”, se referenciando a partidos de esquerda, fato que incomodou um dos fiéis. Segundo o irmão da vítima, Daniel Augusto, o PM que atirou em Davi é amigo do líder religioso, que está na congregação há 33 anos.
Daniel explicou que levantou a mão no momento de indicação de votos e perguntou: “Nenhum político doa dinheiro para igreja, para que falar de voto, então?”.
“A partir daí, virou uma confusão séria. Os líderes se reuniram para avaliar o que ia ser feito com isso e no dia de uma reunião sobre o tema, aconteceu essa discussão e o tiro contra o meu irmão”, disse Daniel.
No momento a discussão, houve agressão física entre o PM e o fiel, além do tiro na perna. O irmão da vítima afirma que enquanto o Davi estava baleado, o culto continuou normalmente.
Davi Augusto passou por uma cirurgia na perna, e o estado de saúde dele é considerado estável. A Polícia Civil informou que o PM foi para a delegacia de maneira espontânea e foi liberado logo em seguida.
A polícia registrou a ocorrência como “agressão por arma de fogo e lesão corporal culposa (sem intenção de machucar a pessoa agredida)”.