Na última terça-feira (25), durante uma audiência de custódia, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) explicou que não tinha o objetivo de ferir os policiais quando efetuou tiros contra eles, em reação ao mandado de prisão. Contudo, Jefferson confessou que “a coisa teria sido diferente” caso fosse o ministro Alexandre de Moraes na frente de sua residência.
– Se o ministro Alexandre de Moraes fosse o chefe da diligência, a coisa seria diferente. Se ele tivesse coragem para me enfrentar. Deixou de ser a relação juiz e jurisdicionado. Ele proibiu minha família e meus advogados de me visitarem. Ele quebrou o PTB e destruiu nossa obra. Ele junto com o TSE. Todo mês, cortam o fundo partidário. Não é uma coisa de juiz e jurisdicionado, virou de homem para homem – declarou o ex-presidente do PTB
Além disso, ele citou ao juiz que Moraes o “humilhou” e também a sua esposa, Ana Lúcia Novaes.
– Ele me humilhou e humilhou a minha Ana. A mesma fibra ele tem, como eu tenho, a audácia dos canalhas. Só que nós precisamos nos encontrar pessoalmente para discutir isso, se o procurador não conseguir me colocar num manicômio – comentou.
Jefferson ainda relembrou que pediu desculpas à Polícia Federal por ter ferido os agentes.
– Eu faço 500 disparos por semana e sei atirar. Eu teria atirado nos quatro policiais se eu tivesse a intenção de feri-los. Não atirei em nenhum com esse objetivo e pedi desculpas à Polícia Federal, porque tive notícia de que estilhaços da granada atingiram um dos policiais – assinalou.