Flamenguistas denunciam racismo ao serem barrados em churrascaria de SC na volta do Uruguai

Flamenguistas denunciam racismo ao serem barrados em churrascaria de SC na volta do Uruguai

Neste domingo (28) dois flamenguistas foram barrados em uma churrascaria de Santa Catarina enquanto voltavam de ônibus do Uruguai rumo ao Rio de Janeiro. Eles afirmam que foram vítimas de racismo.

O analista de sistemas Sidnei Máximo, de 37 anos, e o cantor e ator Gerson Mello, 57, – ambos negros – foram impedidos de entrar no restaurante com a justificativa de que não havia mais lugares nem comida.

Vídeos divulgados nas redes sociais mostram que havia mesas vazias no estabelecimento. A dupla ainda afirma que outros integrantes da caravana em que estavam entraram no local sem problemas minutos antes e confirmaram que tinha buffet. O restaurante afirma que já estava fechado e que os passageiros ingressaram sem permissão.

“As pessoas que estavam lá dentro disseram que o buffet estava cheio. Pedi para entrar, ele fechou a porta e não deixou. O policial falou que não podia porque era um estabelecimento privado.”, disse Sidnei.

Policiais militares chegaram ao local pouco depois. Os agentes conversaram com funcionários e disseram que eles alegaram não ter comida e que não esperavam receber tantos ônibus de torcedores.

Um dos organizadores da caravana, conseguiu ingressar na churrascaria. Além dele, mais duas pessoas do grupo, todas brancas, entraram e verificaram que havia comida e mesas disponíveis. O trio também foi impedido de sair após a barração dos colegas na porta.

O grupo decidiu ir embora depois de insistir nos questionamentos e receber a mesma resposta. Do lado de fora do estabelecimento, conforme as imagens gravadas, policiais reforçam que foram informados sobre a falta de estrutura para atendê-los.