Operação acha trabalhadores exposto a agentes químicos em produção de couro na Bahia

Durante a Operação Resgate II, da Polícia Federal (PF), uma equipe de trabalhadores que atuava no curtimento de couro na cidade de Tucano, município da Bahia, foi encontrada sob condições insalubres e irregularidades trabalhistas.

As atividades, no local, são realizadas de forma “bastante rudimentar”. A forma como as tarefas são realizadas expõem os trabalhadores a riscos físicos, químicos, biológicos e ergonômicos. O curtimento é o processo de transformar a pele animal em couro.

Segundo a Polícia Federal, foram inspecionadas também municípios vizinhos à cidade, porém, o cenário mais crítico das atividades de curtimento do couro, foi verificado em Tucano, nas margens do Rio Itapicuru.

Foi detectado ausência de registro e anotação da Carteira de Trabalho e Previdência Social, exposição dos trabalhadores a agentes físicos, químicos, biológicos e ergonômicos, não realização de exames médicos, não fornecimento de equipamentos de proteção individual, dentre outros.

Foram lavrados pela Auditoria Fiscal do Trabalho, em torno de 70 autos de infração contra nove empregadores. Foram englobados nos autos infrações de irregularidades relacionadas à regularização dos vínculos trabalhistas e à segurança a e saúde no meio ambiente de trabalho.

A operação ocorreu simultaneamente em todo o Brasil, entre os dias 25 e 28 de julho. A força tarefa foi composta por auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Previdência, Defensoria Pública da União (DPU), Ministério Público do Trabalho (MPT), Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS), Polícia Federal (PF) e Polícia Militar (PM).