A Polícia Civil da Bahia prendeu, nesta segunda-feira (10), seis pessoas suspeitas de envolvimento na morte de dois homens – um tio e seu sobrinho – que furtaram carne de uma unidade do supermercado Atakarejo, em Salvador.
Entre os presos na operação, realizada em conjunto com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) do estado, estão três seguranças do mercado e três pessoas identificadas pela polícia como traficantes.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em residências e no estabelecimento comercial. No supermercado, de acordo com a delegada responsável pela investigação, Zaira Pimentel, a polícia recolheu livros de ocorrências administrativas, computadores e aparelhos celulares.
“Até o momento, três seguranças e três traficantes foram presos por participação no duplo homicídio. Os mandados foram cumpridos durante a Operação Retomada, deflagrada pelo DHPP, com apoio de outras unidade da Polícia Civil, da SI da SSP, da PM e do DPT“, informou a polícia, em nota.
A operação contou com a participação de mais de 200 policiais civis e agentes da Polícia Militar. As ações ocorreram simultaneamente nos bairros de Nordeste de Amaralina, Mata Escura, Fazenda Coutos e no município de Conceição de Jacuípe.
Em nota enviada à CNN, o supermercado Atakarejo afirmou não comenta decisões judiciais e vai continuar colaborando com as autoridades competentes para que o fato policial seja esclarecido o mais rapidamente possível.
“O Atakarejo reitera a solidariedade aos familiares das vítimas de um fato brutal e lamentável. A empresa não tolera qualquer tipo de violência.”
Relembre o caso
Bruno Barros da Silva, de 29 anos, e seu sobrinho, Yan Barros da Silva, de 19 anos, foram encontrados mortos no porta-malas de um carro em 26 de abril após furtarem um supermercado Salvador.
Familiares das vítimas afirmam que os dois foram entregues pelos seguranças do supermercado a traficantes e há suspeita de que as vítimas foram torturadas antes de morrer.
Em nota divulgada dias após o crime, o supermercado Atakarejo informou que o caso tratava de fatos relacionados à segurança pública e que colaborava com informações necessárias aos policiais.