Na última quinta-feira (11/7), a Academia Unique, situada na 906 Sul, no Distrito Federal, expulsou sete alunos – seis homens e uma mulher. O grupo afirma que a decisão foi tomada sem motivo aparente e acusam o estabelecimento de homofobia.
Um dos alunos expulsos relatou que, no dia 7 de julho, ele e seus amigos estavam no ofurô da academia quando um funcionário pediu para que saíssem, e eles obedeceram. No entanto, no dia 11 de julho, todos receberam uma mensagem de desligamento via WhatsApp, uma decisão unilateral da academia.
Dois dos alunos, indignados com a situação, cancelaram suas matrículas antes mesmo de serem oficialmente informados da expulsão. Na mensagem de desligamento, uma funcionária da academia afirmou que a expulsão ocorreu devido à “violação das regras” previstas na cláusula contratual, que proíbe “qualquer conduta ofensiva, ilegal ou que cause perturbação ao ambiente”.
Contudo, um dos alunos expulsos nega qualquer violação de regras. “Não houve nenhum ato libidinoso ou algo do tipo. Não fizemos nada fora dos padrões”, afirmou, pedindo para permanecer anônimo. Ele acredita que a expulsão foi motivada por homofobia. “Se isso não é homofobia, eu não sei o que é. O que há de mais em nove pessoas na banheira?”, questionou.
Ele destacou que seis dos sete alunos expulsos se identificam como LGBTQIAP+. Além disso, ele acredita que houve outros tipos de preconceito envolvidos. “Também vejo gordofobia nesse caso. Nós somos quem somos, e talvez isso incomode por não nos encaixarmos em padrões”, argumentou.
Após receberem o comunicado, os alunos procuraram a diretoria da academia em busca de explicações, mas não obtiveram respostas. Eles apontaram que não havia nenhuma placa com regras no ofurô que indicasse as normas a serem seguidas.
Alguns alunos já haviam abordado a gerência da academia na semana anterior para expressar sua insatisfação com a falta de representatividade LGBTQIAP+ na academia. Segundo eles, as respostas dos donos foram preconceituosas. “Questionamos por que a academia não se manifestou no Dia do Orgulho LGBT, e eles responderam: ‘Eu vou fazer o Dia do Orgulho Hétero também?!’”, relataram os alunos.
A academia justificou a expulsão pessoalmente a alguns dos alunos, alegando que a banheira suportava apenas três pessoas e tinha um limite de peso. Por quebra de contrato, a academia reembolsou os valores pagos pelos alunos.
Os alunos continuam buscando esclarecimentos e consideram tomar medidas legais contra a academia.