Acusada de sequestrar Marcelinho Carioca é presa com outros 11 suspeitos

Eliane Lopes de Amorim, suspeita de sequestrar Marcelinho Carioca, é presa em condomínio de luxo em Igaratá durante operação policial.

Uma das suspeitas de envolvimento no sequestro do ex-jogador Marcelinho Carioca, ocorrido em dezembro de 2023, foi presa nesta sexta-feira (21/6) em um condomínio de luxo em Igaratá, no interior de São Paulo. A prisão ocorreu durante uma operação da Polícia Civil.

Eliane Lopes de Amorim foi capturada em uma casa que, segundo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), era utilizada por criminosos para aplicar golpes em clientes bancários. Além dela, outras 11 pessoas suspeitas de fazer parte da quadrilha foram detidas no local.

A descoberta da “central dos golpes” ocorreu após denúncias de vizinhos que relataram movimentações suspeitas na residência. Os moradores informaram à polícia que pessoas entravam e saíam frequentemente do imóvel carregando notebooks, fones de ouvido e outros dispositivos eletrônicos.

Os agentes do Deic realizaram uma vigilância na área e desconfiaram que a casa era usada por criminosos. Quando decidiram agir, os policiais abordaram os suspeitos no interior do imóvel. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, parte do grupo tentou fugir com a chegada da polícia.

Eliane, acusada de ter recebido o dinheiro do sequestro de Marcelinho Carioca, estava entre os que tentaram escapar. Em janeiro deste ano, ela havia recebido a concessão de prisão domiciliar pela Justiça por ser mãe solo de crianças menores de 12 anos. Durante a tentativa de fuga na sexta-feira, Eliane caiu de um barranco nos fundos da casa e fraturou duas costelas, conforme informou a polícia. Ela e outros suspeitos que também se feriram foram levados a um pronto-socorro e, posteriormente, encaminhados à delegacia.

Eliane passou por audiência de custódia e teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva pela Justiça. Na casa onde o grupo foi preso, os policiais encontraram 12 notebooks, 18 celulares, cinco fones de ouvido, três veículos e um sistema de internet via satélite. Nos computadores, os investigadores descobriram uma planilha com nomes e roteiros detalhados sobre como aplicar golpes nas vítimas.

Uma das vítimas listadas na planilha, uma juíza de 76 anos do Rio de Janeiro, relatou aos policiais como foi enganada pelo grupo. Segundo ela, um dos golpistas se passou por seu gerente bancário e informou sobre uma suposta quebra de segurança em sua conta. Convencida pelo criminoso, a juíza forneceu dados que permitiram o acesso ao aplicativo do banco, resultando na transferência de quase R$ 50 mil.

O caso foi registrado como furto, associação criminosa, desobediência e apreensão de objetos.