A Polícia Civil de Paraíso, Tocantins, identificou Guilherme Roberto Otaviani Grasse como o principal suspeito na investigação do espancamento de sua mãe, Lourdes Otaviani, uma advogada de 71 anos. Lourdes faleceu após permanecer internada por quase 40 dias devido a graves ferimentos que, segundo investigações, são consistentes com violência doméstica.
Inicialmente, Lourdes havia atribuído suas lesões a um ataque de cachorro. No entanto, após sua internação, a Polícia Civil de Paraíso iniciou um inquérito e concluiu que as lesões não correspondiam às de um ataque animal, mas eram resultado de violência doméstica. Neste contexto, Guilherme foi indiciado por lesão corporal grave, colocação em perigo da integridade física de pessoa idosa e constrangimento ilegal.
Esta não é a primeira vez que Guilherme enfrenta acusações semelhantes; ele também está sendo julgado em outro caso envolvendo a agressão de sua avó, que posteriormente faleceu sob circunstâncias semelhantes às de Lourdes.
Durante a investigação da morte da advogada, tanto a Polícia quanto o Ministério Público solicitaram a prisão preventiva de Guilherme. No entanto, a juíza Renata do Nascimento, da vara criminal de Paraíso, negou o pedido, citando falta de fundamentos e optou por impor medidas cautelares, incluindo a proibição de Guilherme se aproximar da vítima, que já estava internada desde 12 de janeiro no Hospital Geral de Palmas.
O envolvimento da Polícia Militar começou em 12 de janeiro, quando foi chamada para responder a uma ocorrência de violência doméstica. No hospital, foi relatado por uma testemunha que Lourdes chegou à sua casa com ferimentos e foi seguida pelo filho alterado. Posteriormente, os militares do Corpo de Bombeiros foram acionados para transportar a advogada ao hospital, e foi orientado à testemunha registrar um boletim de ocorrência.
A morte de Lourdes Otaviani está sendo acompanhada pela Ordem dos Advogados (OAB), que expressou profundo pesar pelo ocorrido. O inquérito policial foi concluído em fevereiro e entregue à promotoria no fim do mesmo mês, aguardando análise e possível apresentação de denúncia pelo promotor responsável. O Tribunal de Justiça não se pronunciou sobre o caso.