Um adolescente de 16 anos, acusado de assassinar os pais e a irmã em São Paulo, confessou o crime ao ser ouvido pelo 87º Distrito Policial. Durante o depoimento, o jovem admitiu a autoria dos homicídios e afirmou não se arrepender, dizendo às autoridades que “faria novamente” se tivesse a chance.
Segundo informações, o jovem revelou que já havia cogitado matar os pais anteriormente. A decisão de executar o plano ocorreu após se sentir provocado pela apreensão de seu celular pelos pais. Desentendimentos eram frequentes na família, chegando ao ponto de ser chamado de “vagabundo” pelos pais na véspera dos assassinatos.
Os crimes ocorreram na residência da família. Por volta das 13h de sexta-feira, o pai e a irmã foram as primeiras vítimas. O adolescente confessou ter almoçado ao lado do corpo do pai antes de seguir com suas atividades diárias, incluindo uma ida à academia. A mãe foi morta mais tarde, por volta das 19h, quando retornava do trabalho.
Durante todo o final de semana, o adolescente manteve a rotina habitual, convivendo com os corpos dos familiares. Somente na madrugada de segunda-feira (20/5), ele decidiu ligar para a Polícia Militar e se entregar. Ao receber os policiais, o jovem os conduziu até os corpos e confessou os assassinatos.
A arma utilizada no crime, uma pistola Taurus 9mm, pertencia ao pai do adolescente, que era guarda civil metropolitano em Jundiaí, no interior de São Paulo. O jovem havia feito testes com a arma antes de cometer os homicídios. Após o crime, a arma e o celular do adolescente foram apreendidos e encaminhados para perícia.
O adolescente foi levado ao 87º Distrito Policial e, posteriormente, encaminhado à Fundação Casa. O caso foi registrado como ato infracional de homicídio e feminicídio, além de posse ou porte ilegal de arma de fogo e vilipêndio a cadáver.
