O advogado Fausto Leite, de Sergipe, que teve R$ 500 mil apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-116, em Feira de Santana, Bahia, declarou que está adotando medidas legais para recuperar o valor retido. Ele enfatizou que, embora o transporte de grandes quantias em dinheiro possa levantar suspeitas, a prática não constitui crime, sendo considerada apenas uma infração administrativa. Atualmente, o montante está sob custódia da Polícia Federal (PF).
“O transporte de dinheiro não é tipificado como crime, apenas uma infração administrativa. Não existe limite de valor. A Polícia Federal apreendeu o dinheiro e nos próximos dias comprovaremos a origem lícita e solicitaremos a restituição da importância”, afirmou o advogado.
Fausto Leite estava retornando para Sergipe, após sair do Rio de Janeiro, quando foi parado em uma blitz na cidade baiana. De acordo com a PRF, o dinheiro estava escondido em uma mala, descoberta após o advogado demonstrar nervosismo e sinais de mal-estar durante a abordagem. Equipes de socorro da concessionária da rodovia chegaram a atendê-lo, mas não encontraram problemas de saúde.
A PRF também relatou que, quando questionado sobre a origem dos R$ 500 mil, Fausto forneceu justificativas inconsistentes, ora afirmando que o valor provinha da venda de um imóvel, ora mencionando honorários advocatícios. Contudo, o advogado negou as alegações, assegurando que desde o início afirmou que a quantia era oriunda de honorários e que qualquer menção à venda de imóvel era infundada.
Após prestar depoimento à Polícia Federal, Fausto Leite foi liberado, e o caso segue em investigação. A subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Feira de Santana foi acionada pelo presidente da OAB em Sergipe, Danniel Alves Costa, para dar suporte ao advogado.
Fausto Leite, além de ser advogado, é também jornalista, professor universitário de direito e ocupou a superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) entre 2021 e 2023. Atualmente, ele é presidente do partido Republicanos em Aracaju.
O Republicanos-Sergipe emitiu uma nota pública esclarecendo que qualquer tentativa de vincular o incidente ao processo eleitoral do estado é inverídica e irresponsável. A legenda reforçou seu compromisso com a ética e a transparência, afirmando que o episódio não tem qualquer relação com suas atividades eleitorais.