Camila Alcântara, estudante de agronomia da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), sofreu um acidente em 12 de setembro quando uma parede divisória de mármore caiu em sua perna no Pavilhão 2, durante uma troca de aulas. O acidente resultou em ferimentos graves, levando-a a usar uma cadeira de rodas.
Segundo relatos da estudante, enquanto se preparava para deixar o banheiro, a divisória caiu, causando dores intensas e inchaço imediato na panturrilha. “A dor foi insuportável; tive que me apoiar na pia enquanto uma colega me ajudava”, afirmou Camila.
Após o acidente, levou cerca de 50 minutos para receber atendimento médico, devido à falta de preparação dos funcionários do campus. Camila destacou que não os culpa pela situação, mas ressalta a irresponsabilidade da UFRB em não ter protocolos adequados para emergências. A resposta da universidade, que inicialmente não tinha um plano para atendê-la, foi considerada inaceitável.
Ainda enfrentando o tratamento, Camila se viu forçada a pagar pelos cuidados médicos em clínicas particulares, somando quase R$ 600. A universidade, após vários e-mails e solicitações, ofereceu apenas um auxílio emergencial de R$ 300.
Além das complicações médicas, Camila precisou solicitar acesso ao Restaurante Universitário, sem êxito. Outros alunos mencionaram as condições precárias das instalações, o que trouxe à tona a busca por melhorias na infraestrutura do campus. Apesar da situação financeira da universidade, Camila defende que isso não deve ser usado como desculpa para negligência em situações de emergência.