Na última terça-feira (27), Élio Camilo, de 56 anos, foi preso em Ubaitaba, no sul da Bahia, onde atuava como diretor do Colégio Estadual Octacílio Manoel Gomes. A operação foi realizada pelas polícias civis da Bahia e de Minas Gerais, que cumpriram mandados por homicídio e estelionato. Camilo, que usava o nome falso de Geraldo Dantas Silva, estava foragido há 15 anos.
Em Minas Gerais, Élio foi condenado por dois homicídios cometidos há cerca de 30 anos, quando era policial militar. Após cumprir parte da pena, ele fugiu em 2009 durante uma saída temporária e desde então estava foragido. Sua fuga o levou até Vilhena, em Rondônia, onde ele foi novamente acusado de estelionato. Mais tarde, adotou a identidade falsa de Geraldo Dantas Silva, sob a qual se mudou para Ubaitaba, na Bahia.
Com a nova identidade, Élio prestou concurso público e foi aprovado para o quadro de servidores da Secretaria de Educação da Bahia, onde trabalhou por 13 anos. Há dois anos, ele assumiu a direção do Colégio Estadual Octacílio Manoel Gomes, posição que ocupava até sua prisão.
A notícia da prisão impactou a comunidade local, que não tinha conhecimento do passado de Élio. A esposa e os dois filhos do diretor, todos registrados com o nome falso, também desconheciam sua verdadeira identidade e o histórico de crimes. Em resposta à prisão, as aulas na escola foram suspensas na tarde de terça-feira, com previsão de retorno nesta quarta-feira (28). O Núcleo Regional de Educação informou que a exoneração de Camilo foi solicitada em caráter de urgência e será oficializada na próxima edição do Diário Oficial.