Uma partida da Série D do Campeonato Brasileiro, entre Parnahyba e Imperatriz, teve um momento bem desagradável no último domingo (20). O jogo, que rolou pela 1ª rodada do Grupo A2, ficou marcado por injúria racial.
O árbitro Alciney Santos de Araújo relatou na súmula que o assistente Raimundo David dos Reis Alves foi chamado de “macaco”. A ofensa partiu de um torcedor que estava na arquibancada do Parnahyba, no estádio Pedro Alelaf, em Parnaíba.
A situação aconteceu aos 23 minutos do segundo tempo. Depois de ouvir o xingamento, Raimundo avisou o árbitro, que parou a partida e fez um gesto contra o racismo. A polícia foi chamada e o torcedor foi identificado e retirado do estádio.
Mesmo com a identificação, o torcedor acabou sendo liberado. Isso porque a vítima não foi à delegacia após o jogo, segundo informações do tenente Carvalho, da Força Tática de Parnaíba. O boletim de ocorrência foi registrado, mas sem a condução formal do agressor.
O delegado da partida e vice-presidente da Federação de Futebol do Piauí (FFP), Daniel Araújo, confirmou a história de Raimundo David e lamentou o ocorrido. Ele informou que o torcedor foi detido pela polícia e que a arbitragem iria à delegacia registrar o boletim de ocorrência após o jogo.
Infelizmente, essa não é a primeira vez que o estádio Pedro Alelaf é palco de ofensas racistas. Em dezembro de 2024, o zagueiro Emílio, do Parnahyba, disse que foi chamado de “urubu” por um torcedor do clube durante um amistoso contra o Fluminense-PI. Na época, o autor da ofensa também não foi identificado.